Telescópio Hubble captura as ‘nuvens celestiais’ na Nebulosa de Órion
A Nebulosa de Órion é um berçário estelar, uma região cheia de poeira e gás, onde milhares de estrelas estão se formando
Pode até parecer uma obra de arte, pintada com cuidado, mas, na verdade, se trata de uma imagem do telescópio espacial Hubble, antecessor do James Webb. As agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA) divulgaram na sexta-feira (12) uma paisagem de “nuvens celestiais” em torno do objeto Herbig-Haro HH 505, na Nebulosa de Órion, do observatório de mais de 30 anos.
Lançado em 1990, o Hubble superou todas as expectativas e segue “vivo”. Em três décadas, fez mais de 1,5 milhão de observações e suas descobertas motivaram a publicação de 19 mil artigos científicos, conforme a Nasa. O observatório olhou para o passado distante do nosso universo, para locais a mais de 13,4 bilhões de anos-luz da Terra.
A Nasa explica que objetos Herbig-Haro são regiões luminosas ao redor de estrelas recém-nascidas, que se formam quando ventos estelares ou jatos de gás são expelidos delas, criando ondas de choque que colidem com gás e poeira próximos em altas velocidades. “No caso de HH 505, esses fluxos se originam da estrela IX Ori, que fica nos arredores da Nebulosa de Órion, a cerca de 1 mil anos-luz da Terra”, informou.
A Nebulosa de Órion é um berçário estelar – uma região cheia de poeira e gás, onde milhares de estrelas estão se formando. Por ser a mais próxima da Terra, tornou-se uma das áreas massivas de formação de estrelas mais examinadas. Em 2018, a Nasa publicou uma “viagem” pela nebulosa propiciada pelas lentes do Hubble.
O mês passado foi particularmente agitado para a agência americana.
A Nasa divulgou as possíveis datas da missão Artemis I – que vai retornar à Lua -, além das primeiras imagens captadas pelo telescópio espacial James Webb. Também exibiu fotos de Júpiter tiradas pelo mesmo observatório e ainda teve as capitais brasileiras como modelos fotográficos da estação espacial internacional (ISS).
fonte NASA