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Starlink: a megaconstelação de satélites de internet da SpaceX
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Em maio de 2019, a SpaceX deu início a um dos projetos mais ambiciosos já elaborados pela empresa: um foguete Falcon 9 foi lançado levando consigo os 60 primeiros satélites da megaconstelação Starlink, criada para fornecer internet de alta velocidade e baixa latência a usuários em todo o mundo. Hoje, a constelação já passa das 1.700 unidades em órbita, sendo que a meta da SpaceX é expandir esse número para pelo menos 30 mil unidades, e já está trabalhando na segunda geração dos satélites.
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Apesar de o primeiro lançamento oficial do projeto ter acontecido há mais de dois anos, a megaconstelação já fazia parte dos planos da empresa muito antes. Em 2015, Elon Musk, fundador e CEO da SpaceX, anunciou que a empresa havia protocolado documentos com reguladoras internacionais para posicionar cerca de 4.000 satélites na órbita baixa da Terra. “Estamos realmente conversando sobre algo que, a longo prazo, será como reconstruir a internet no espaço”, afirmou ele na ocasião.
A rede foi projetada para fornecer internet de qualidade para pessoas em todo o mundo — incluindo regiões rurais e remotas —, mas seu potencial vai além: como Musk já sugeriu que a conexão total no mundo poderia gerar receita de US$ 1 trilhão, ele propôs direcionar cerca de 5% deste valor para impulsionar o objetivo de transformar a humanidade em uma espécie multiplanetária.
“Consideramos que este é um passo essencial em direção ao estabelecimento de uma cidade autossustentável em Marte e uma base na Lua”, disse o bilionário em relação ao Starlink. “Acreditamos que podemos usar a receita do Starlink para financiar o Starship”, comentou.
Em sua fala, Musk se referiu ao veículo reutilizável que a SpaceX segue desenvolvendo para levar até 100 passageiros a Marte e a outros destinos distantes. Assim, pensando na ideia de aproveitar parte da receita gerada pelos satélites, ele buscou autorização para expandir a quantidade de unidades da constelação, e conseguiu: a Federal Communications Commission (FCC), agência reguladora de telecomunicações nos Estados Unidos, autorizou a empresa a levar 12.000 unidades à órbita, e a empresa já se prepara para aumentá-lo ainda mais.
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