Ufologia

Os Segredos dos Círculos nas Plantações

Esses intrincados padrões geométricos contêm mensagens esperando para serem decodificadas.

Muitos consideram os “Círculos nas Plantações”, ou “Crop Circles” em inglês, como criações de extraterrestres que anseiam por se comunicar sutilmente com nossa espécie, outros os veem como um fenômeno agrícola e tecnologicamente artístico e acreditam que a conexão alienígena pode ser uma farsa, mas a história e o mistério em torno dos círculos nas plantações é muito mais antiga do que se imagina e existem casos relatados desde o século 17.

O primeiro círculo em uma plantação foi registrado em 1678, com uma xilogravura ilustrando um círculo sendo cortado em um campo de aveia. A xilogravura refere-se a uma lenda conhecida como “Mowing-Devil”, ou “Corte do Diabo”, alimentando o mito de que os círculos nas plantações são obras do lado sobrenatural mais sombrio. A ligação pode ser feita com a foice, uma ferramenta agrícola comum que simboliza o fim ou a morte de um ciclo agrário.

Em 1966, um círculo foi descoberto em Tully, na Austrália, e foi um dos primeiros a ser conectado a OVNIs. O agricultor que encontrou os padrões relatou ter visto um disco voador surgindo da área, criando o que a mídia chamou de “Ninhos de Discos Voadores”.

Mais círculos começaram a aparecer no Reino Unido na década de 1970, com a maioria reunindo-se na área de Wiltshire, a mesma região de muitos outros monumentos antigos. Um em particular, descoberto em julho de 1996 em frente ao lendário Stonehenge tinha um desenho conhecido como “Conjunto de Julia” , uma configuração fractal muito complicada que levou muitos a acreditar que foi criado por extraterrestres, enviando uma mensagem através da geometria sagrada, como a Cruz Céltica, triskelion e outras formas intrincadas que pontilham a terra em mais de 60 países.

Os pesquisadores acreditam que há certos anos em que os círculos nas plantações aparecem com mais frequência e talvez com mais urgência. O pictograma do tetraedro, que apareceu no Castelo Barbury em 1991, fez muitos se perguntarem se essas criações eram mais do que um fenômeno meteorológico.

Alguns consideravam-nos embustes elaborados de motoristas de trator muito talentosos e outros viram mensagens antigas e herméticas nos desenhos, significando a sagrada trindade e o reino do divino.

O caso que chamou a maior atenção ocorreu em 2001, quando um enorme círculo, com quase 250 metros de diâmetro, foi descoberto em Milk Hill, na Inglaterra, e tornou-se uma sensação da noite para o dia. Durante semanas, helicópteros pairaram sobre ele, e o resultado foi o fato de que o mistério em torno dos círculos nas plantações não podia mais ser ignorado.

Mensagens em Código Binário
Existe uma linha divisória no mundo dos círculos nas plantações. Há aqueles que acreditam que eles são feitos pelo homem e aqueles que acreditam que os padrões são trabalho de extraterrestres.

Para os céticos, as áreas em que os círculos nas plantações costumam aparecer estão em vastas extensões de terra remotas, o que tornaria bastante fácil chegar no meio da noite com pouco ou nenhum aviso.

Para aqueles que acreditam que os círculos foram feitos por alienígenas, os métodos pelos quais eles foram criados variam de lasers a tecnologia avançada de ondas de luz, naves espaciais ou até mesmo energia psíquica.

Em um esforço para decodificar os círculos nas plantações, surgiram diversos grupos de pesquisas.

O Dr. Horace Drew, um biólogo molecular conceituado da Caltech, o Instituto de Tecnologia da Califórnia, conduziu algumas dessas investigações e forneceu uma decodificação dos círculos nas plantações que conclui que os padrões contêm mensagens importantes de outras espécies.

Embora o Dr. Drew concorde que muitos círculos nas plantações são feitos pelo homem, ele também afirma que aqueles criados por extraterrestres contêm um “código binário avançado”, seja na forma de saudações simples ou como meio de comunicação com civilizações futuras.

Algumas das mensagens que o Dr. Drew decodificou incluem frases como “Acredite”, “Há coisas boas por aí”, “Cuidado com os portadores de dons falsos e promessas vazias” e “Nos opomos ao engano”, todos nos levando a acreditar que a comunicação alienígena se destina a que vivamos nossas vidas de uma forma melhor.

O círculo de Chilbolton descoberto em 2001 contém código binário dos números de zero a dez, números atômicos que constituem o DNA humano, um estranho rosto, o sistema solar e outros símbolos relacionados ao homem.

Além de estudar as mensagens visuais que estão dentro dos círculos nas plantações, há um conjunto de pesquisas sobre sons e vibrações de luz que surgiram em torno dos padrões.

Na década de 1960, Gerald Hawkins, da Escola de Astronomia da Universidade de Boston, aplicou a geometria dos círculos nas plantações à escala musical Boethiana, e com ela uma forma de criar música, adicionando a crença aceita da relação entre geometria e som.

Pesquisas mais recentes feitas por físicos quânticos estão revelando uma ampla gama de campos de frequência eletromagnética variando de 260 MHz a 5,2 KHz que vinculam os padrões geométricos.

Usando a tecnologia de mapeamento de imagem para som, correlações interessantes foram encontradas entre o círculo de Milk Hill e os sons emitidos por outros planetas em frequências do espectro eletromagnético, que foram gravados pela sonda espacial Cassini da NASA.

Os Códigos Continuam
Apesar das controvérsias que os cercam, os círculos nas plantações não estão acabando, na verdade, novos círculo surgem todos os meses por todo o mundo.

Uma importante indústria turística se desenvolveu em torno desses círculos, com milhares de visitantes de todo o mundo se reunindo para testemunhá-los em primeira mão.

Alguns os visitam por curiosidade e outros para vivenciar as mensagens de cura que os círculos supostamente contêm.

Fernanda Pires Diretora CAG da MUFON Internacional da América Central e da América do Sul; Diretora Regional da MUFON do Canadá; MUFON ERT-CFI3 que acompanha casos de abdução; Diretora executiva do site e Jornal da MUFON do Canadá; Consultora Internacional; Colunista da Revista Ufo; Roteirista; Escritora de Artigos; Pesquisadora Certificada pela MUFON Internacional; Investigadora da GARPAN - Investigadores Profissionais em Ufologia Civil; Fundadora do CIFE Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais; Co-produtora do documentário Moment of Contact; Produtora do Documentário no Brasil Encounters Latin America; Co-produtora do Livro Incidente em Varginha, 2ª edição - Caso UFO