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NASA divulga imagens espetacularmente nítidas do telescópio espacial Webb

Estrelas e uma galáxia parecida com uma nuvem fotografada pelo Telescópio Espacial Webb.

A Grande Nuvem de Magalhães vista pelo instrumento MIRI de Webb.

A NASA realizou uma conferência de imprensa na segunda-feira de manhã para discutir o alinhamento preciso do Telescópio Espacial Webb e as próximas operações científicas da espaçonave. A agência espacial também divulgou imagens do telescópio que mostram o progresso de Webb.

“Estou muito feliz em informar que o alinhamento do telescópio foi concluído com desempenho ainda melhor do que havíamos previsto”, disse Michael McElwain, cientista do projeto de observatório Webb no Goddard Space Flight Center da NASA, em uma entrevista coletiva da NASA. “Este é um marco extraordinário para a humanidade.”

Webb fica em um ponto de observação chamado L2 a quase 1 milhão de milhas da Terra, onde olhará mais para trás no tempo do que o Telescópio Espacial Hubble. (O Hubble continuará operando ao lado do Webb assim que este estiver operacional).

Os principais objetivos científicos do telescópio de US$ 10 bilhões são estudar como as estrelas nascem e dão origem a sistemas planetários, investigar a evolução de galáxias, exoplanetas e objetos em nosso sistema solar e observar a primeira luz do universo, na esperança de que podemos descobrir como surgiram as primeiras estrelas e galáxias.

A preparação e teste dos instrumentos científicos do telescópio (um processo chamado comissionamento) levará cerca de dois meses para ser concluído. Somente quando o comissionamento estiver completo, o Webb poderá começar a tirar as imagens científicas que definirão sua permanência no espaço.


Mas algumas imagens já estão sendo coletadas, para garantir que o telescópio esteja funcionando corretamente. O instrumento mais frio de Webb – o Mid-Infrared Instrument (MIRI) – recentemente tirou uma imagem de teste da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea que foi previamente fotografada pela câmera infravermelha do Telescópio Espacial Spitzer, agora aposentada.

A imagem de Webb da mesma região faz a imagem do Spitzer parecer uma pintura a dedo, mostrando o gás interestelar claramente distribuído pelo campo estelar. As estrelas — borrões, na visão de Spitzer — são faróis de luz de sete pontas no teste MIRI.

“Este é um exemplo científico muito bom do que o Webb fará por nós nos próximos anos”, disse Christopher Evans, cientista do projeto Webb da Agência Espacial Européia, na entrevista coletiva. Evans disse que o Spitzer era útil para levantamentos de objetos como a Grande Nuvem de Magalhães, mas (como você pode notar) suas imagens eram limitadas por sua resolução. Webb é muito menos limitado. “Isso nos dará uma visão incrível dos processos em uma galáxia diferente pela primeira vez, cortando a poeira”, disse Evans.

A Grande Nuvem de Magalhães vista pelos Telescópios Espaciais Spitzer e Webb.
Uma seção da Grande Nuvem de Magalhães fotografada pelos telescópios Spizer e Webb.

O Near Infrared Spectrograph da Webb ( NIRSPEC ) também é uma grande atualização na tecnologia anterior de telescópios espaciais. Evans disse que os observatórios espaciais mais antigos só conseguiam ver espectros de um alvo de cada vez; O NIRSPEC poderá observar 100 alvos simultaneamente. Isso é uma benção para os muitos milhares de cientistas que esperam usar dados do Webb em suas pesquisas.

Os próximos passos do Webb se concentrarão em tirar imagens de seus alvos científicos, conhecidos como observações de lançamento antecipado. Estas não serão apenas as primeiras imagens dos alvos científicos da Webb, mas serão as primeiras imagens processadas em cores. (Webb vê o cosmos nos comprimentos de onda infravermelho e infravermelho próximo, mas as imagens serão traduzidas em luz visível.)

Klaus Pontoppidan, cientista do projeto Webb no Space Telescope Science Institute, disse no briefing que as principais diferenças entre as imagens mais recentes e as que estão por vir são que as primeiras foram tiradas para testar a capacidade do telescópio de ver claramente, enquanto as últimas testará a capacidade do telescópio de obter imagens de alvos científicos. Pontoppidan não deu detalhes sobre o que a equipe Webb irá capturar nas primeiras observações de lançamento – os alvos são uma “surpresa”, disse ele.

A partir desses resultados iniciais, parece que o Webb será uma espécie de palantir intergaláctico, lançando cientistas em várias partes do espaço profundo que antes eram inacessíveis. É a próxima melhor coisa a estar lá para a infância do universo.

O telescópio foi projetado para operar por no mínimo cinco anos, mas seu lançamento ultrapreciso em dezembro significa que o telescópio pode ter combustível suficiente para permanecer na posição por mais de 20 anos. Preparar-se.

Ufólogo, Pesquisador de Campo, Conselheiro e Co-editor do CIFE - Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research. | Ufologist, Field Investigator, CIFE Co-editor - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research.