Meteoro explosivo (Bólido) é avistado ao cruzar céu em municípios de São Paulo
Câmeras registraram o fenômeno às 23h57. Dois dos registros vieram da capital: uma câmera na Avenida Paulista e outra em um hotel em Moema.
Câmeras registraram um clarão no céu na noite desta quinta-feira (10), pouco antes da meia-noite, com a passagem de um meteoro explosivo avistado em várias partes do estado de São Paulo. Em ao menos 11 municípios, inclusive a capital, foi possível avistar o fenômeno, gravado por câmeras do site meteorológico Clima ao Vivo e por estações da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (BRAMON).
Na capital, uma câmera na Avenida Paulista e outra em Moema flagraram a passagem do astro, também chamado tecnicamente de bólido, como explica Marcelo De Cicco, astrônomo do INMETRO, ao UOL
“Esse tipo de registro é de um bólido. Não é um grande, mas é um bólido. Eles nada mais são que meteoros mais brilhantes, mais energéticos”, diz o especialista, responsável também por coordenar o projeto EXOSS, ligado ao Observatório Nacional e com foco em pesquisa de meteoros no céu do Brasil.
Quanto ao fato de o fenômeno poder ser observado em várias cidades, o astrônomo explica que isso se dá pela proximidade entre as localidades. “Por isso, cada um vê o fenômeno de uma perspectiva. Como são câmeras de filmagem de clima, cada vez mais frequentes e espalhadas no Brasil, cada vez mais vai se registrar esse tipo de fenômeno, que é até comum. Os bólidos sempre estão entrando [na atmosfera terrestre]”, explicou em entrevista ao UOL.
Veja, a seguir, um vídeo que compila todos os registros.
No domingo (6), uma “bola de fogo” a cerca de 147 mil quilômetros por hora pôde ser avistada em regiões de Santa Catarina. Os registros feitos nas cidades de Rio Fortuna e São Ludgero foram compartilhados nas redes sociais por Jocimar Justino, membro da BRAMON.
De Cicco explica que a atual recorrência desses casos pelo país pode estar relacionada com o planeta Terra estar atravessando o enxame das Taurids do Sul, entre setembro e meados de dezembro.
“É uma série de filamentos de poeira, detritos e pequenos grãos, deixados pelo rastro de cometas antigos. A medida que a Terra vai atravessando, vai gerando também esses bólidos. É possível que esses bólidos tenham origem nesse enxame ou corrente das Taurids””
Fonte:Tilt UOL