Astronomia

Meteoro é visto sobre a região de Minas Gerais. Compreenda mais sobre esse fenômeno

Por Fernanda Pires, 16/01 às 11:00

Na noite de sexta-feira (14) recebi relatos de inúmeras pessoas sobre o suposto meteoro que foi avistado no céu de Minas Gerais. Câmeras de segurança de várias cidades do estado mineiro gravaram o exato momento da queda do rastro de luz. Nos vídeos que circulam na internet é possível ver a queda de um clarão de luz por volta das 20h53.
Estes relatos foram feitos nas cidades de Almeida Campos, Santa Juliana, Perdizes, Alto Paranaíba, Pedrinópolis, Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Nova Ponte, Monte Carmelo, Iraí e outras regiões como Goiás, Distrito Federal e São Paulo.
Segundo relatos, o rastro de luz foi acompanhado de um forte estrondo chegando a tremer o solo terrestre.
Não houve relatos de danos causados pela queda do objeto, mas moradores puderam sentir um impacto de colisão.
Estudos já foram iniciados para analisar o local da queda, mas não há informações de danos materiais ou físicos, no entanto é possível que fragmentos podem ter atingido o solo terrestre.

O rastro luminoso é formado pelo atrito do meteoro com o ar da atmosfera terrestre.
Essas pedras, de tamanhos variados, entram na atmosfera com uma velocidade muito alta. E o atrito com o ar causa o aquecimento até virarem uma brasa. Além disso, na região à frente delas, as pedras comprimem o ar e formam uma região de luminescência. Assim, nós vemos uma luz cruzando o céu.
Este fenômeno luminoso surge quando corpos de tamanhos variados, mas em geral minúsculos, menores do que uma cabeça de alfinete, penetram na atmosfera da Terra a altíssimas velocidades. O brilho é consequência do aquecimento do próprio corpo e do ar por atrito e por pressão.

Vamos falar um pouco sobre as diferenças desses corpos celestes: Cometa, Asteroide, Meteoroide, Meteoro, Meteorito, Bólido e Lixo Espacial.

Cometa

São rochas espaciais com órbitas alongadas, por isso, se aproximam e se distanciam do Sol de uma forma muito exagerada.

Os cometas também possuem uma atmosfera estendida gravitacionalmente não ligada em torno de seu núcleo central. 

Esta atmosfera tem partes denominadas de coma e a cauda é seção tipicamente linear consistindo de poeira ou gás expelido do coma pela leve pressão do Sol, ou pelo plasma de vento solar. 

Os cometas possuem gelo de água, metano e amônia em sua composição, o que cria sua coma (pequena atmosfera) e cauda quando se aproximam da nossa estrela.

Cometas de longo período levam mais de 200 anos para completar uma volta ao redor do Sol. Já os cometas de curto período completam uma volta ao redor do Sol em menos de 200 anos.

No entanto, os cometas extintos que passaram perto do Sol, muitas vezes perdem quase toda sua massa de gelo e poeira voláteis, e podem se assemelhar a pequenos asteroides.

O número de cometas conhecidos é de um pouco mais de 4.017 mas, provavelmente, deve chegar a mais de um trilhão de cometas circulando nosso sistema solar.

Meteoroide

São pequenos fragmentos de grandes rochas espaciais (cometas ou asteroides) que se desprendem do objeto principal.

Os meteoroides possuem dimensões bem menores do que os asteroides, e maiores do que a poeira cósmica, ou poeira interestelar.

Em termos de localização, os meteoroides estão fora do nosso planeta. Esses destroços metálicos ou pedregosos viajam pelo espaço sideral, alguns em rota direta para a Terra. 

Os meteoroides são menores que os asteroides, e contêm menos água e gelo que os cometas.

Meteoroides são pequenas pedras ou pedaços de metal que viajam pelo espaço. Os astrônomos os definem como corpos celestes que orbitam o Sol e têm menos de 10 metros. Rochas espaciais de tamanho maior – até mil quilômetros – ficam conhecidas como asteroides.

Como os meteoroides estão no sistema solar, eles podem interferir nas operações das espaçonaves. É por isso que o Escritório de Meio Ambiente Meteoroide (MEO) da NASA considera o risco de meteoroides além da órbita da Terra.

Meteoro 

São efeitos luminosos criados por qualquer objeto que entre na atmosfera da Terra.

Grandes rochas, meteoroides e poeira espacial podem criar esse efeito luminoso chamado de meteoro, porém, a grande maioria é gerado por pequenos grãos de poeira espacial.

Os meteoros são popularmente conhecidos como “estrelas cadentes“, e o nome meteoro se refere apenas ao efeito luminoso, ou seja, ao brilho que risca o céu.

Quando um meteoroide penetra na atmosfera da Terra passa a ser chamado de meteoro. Esta palavra tem origem no termo grego, meteoron e significa “fenômeno no céu”.

Alguns meteoros destacam-se pela sua peculiaridade e são denominados Bólides ou Bolas de Fogo. 

Meteorito 

São os fragmentos especiais que chegam até a superfície da Terra.

Qualquer rocha espacial que atravessa a atmosfera da Terra e toca o solo, seja um asteroide ou um meteoroide, esse objeto passa a ser chamado de meteorito.

Os meteoritos são remanescentes quando todos os planetas estavam se formando. Alguns deles ainda pousam no planeta hoje em dia. Ao datar meteoritos, descobrimos que as rochas mais antigas têm normalmente cerca de 4,5 bilhões de anos.

Estudamos e contamos meteoritos que caem no gelo da Antártida, porque são os mais fáceis de encontrar. A maioria destes acaba em museus, ou são vendidos para colecionadores.

Asteroide

São rochas espaciais parecidas com os cometas, mas que não possuem órbitas tão excêntricas e nem quantidades consideráveis de gelo de água, metano e amônia que possam sublimar.

Mesmo quando são puxados por alguma interação gravitacional, eles são lançados para bem próximo do Sol, eles não desenvolvem coma e cauda como os cometas fazem.

A grande maioria dos asteroides situa-se no Cinturão Asteróides, que fica entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Bólido 

É uma rocha espacial que não entrou na atmosfera da Terra é geralmente referida como um meteoroide ou asteroide, uma vez na atmosfera da Terra, a rocha viajando em velocidades muito altas encontra o atrito da atmosfera, resultando em uma bola de fogo que é então referida como um meteoro. Meteoros que atingem o solo são chamados de meteoritos. Um meteoro extremamente brilhante é chamado de bólido.

Um clarão meteórico ou flash criado quando um meteoroide explode ou vaporiza ao passar pela atmosfera terrestre. Também chamada de bola de fogo.

Bólido é um termo geral para qualquer objeto originado no espaço que colide com a Terra ou exploda na atmosfera. Abrange meteoritos, asteroides e cometas.

Na astronomia, o termo é frequentemente usado para descrever um meteoro que é mais brilhante do que magnitude -4 – quase tão brilhante quanto o planeta Vênus – e é usado como sinônimo de “bola de fogo”.

Em geologia, o bólido é geralmente usado para descrever um meteorito ou asteroide que sai de uma cratera de impacto e tende a ser empregado onde não há informações suficientes para uma descrição mais específica.

O Sistema Solar contém muitos objetos, a maioria deles pequenos, em órbitas que podem cruzar a órbita da Terra.

Esses objetos têm composições variadas.

Algumas podem ser descritas como “bolas de neve sujas” – poeira e pequenos fragmentos de rocha frouxamente unidos pelo gelo – enquanto alguns podem consistir em rochas densas com alto teor de metal, principalmente ferro e níquel. Eles orbitam a velocidades de até 42 km/s, em comparação com 29 km/s da Terra.

Dependendo da direção de onde eles se aproximam, eles podem entrar na atmosfera da Terra a até 71 km/s.

Nessas velocidades, o atrito com a atmosfera aquece rapidamente o objeto a temperaturas muito altas, fazendo-o brilhar intensamente.

Objetos muito pequenos queimarão completamente no alto da atmosfera, mas objetos maiores podem, dependendo do tamanho e da composição, atingir a superfície ou explodir na baixa atmosfera.

A maioria dos objetos que entram na atmosfera da Terra são do tamanho de um grão de areia.

Estes queimam rapidamente, mas são visíveis da superfície como meteoros.

Lixo Espacial

Lixo espacial é qualquer objeto lançado no espaço orbital da Terra que não tenha mais utilidade, tais como satélites desativados, fragmentos de satélite ou de foguetes, e até mesmo instrumentos e ferramentas perdidos por astronautas durante missões espaciais.

Há mais de 6.000 satélites a orbitar em torno da Terra, mas a maioria já é “lixo espacial. Esses objetos ficam “viajando” pelo espaço a uma velocidade de até 36.000 km/h, e aproximadamente 200 deles caem na Terra todo o ano.

Quanto maior a altitude de um lixo espacial, mais tempo ele permanecerá em órbita. Por exemplo, destroços que estão numa altitude em torno de 600 km levam anos para entrar na atmosfera da Terra, enquanto que numa elevação de 1000 km eles demoram séculos.

O lixo espacial representa mais perigo para satélites ativos e naves espaciais tripuladas no espaço (e futuras expedições espaciais) do que propriamente aos habitantes da Terra, pois, ao entrar em contato com a atmosfera, grande parte dos destroços é queimada e destruída. Os que conseguem atravessar essa barreira geralmente caem nos oceanos, já que estes representam 75% do volume do planeta.

Durante a próxima década, estima-se que cerca 990 satélites sejam lançados todos os anos, significando que em 2028, poderão existir 15.000 equipamentos em órbita.

A tecnologia ainda não conseguiu produzir um equipamento capaz de recolher o lixo espacial. A única solução plausível até o momento é direcionar os satélites para as chamadas órbitas-cemitério, o que seria basicamente programar um satélite para seguir uma rota orbital distante da Terra, assim que seu tempo útil se esgotasse.

Colisões com a Terra 

Estima-se que cerca de 1000 toneladas de objetos cósmicos atinjam a atmosfera terrestre diariamente.

A qualidade destes objetos é variável, podendo ser desde fragmentos de planetas até poeira cósmica, possuindo diversos tamanhos.

Os meteoritos são compostos de metais (ferro, níquel) e/ou de rochas. Os metálicos são muito densos, e um pedaço pequeno (20cm) pode ter até dezenas de quilogramas.

Encontrar e estudar os meteoritos é muito importante. Estes corpos trazem informações do sistema solar primitivo, de sua formação e da formação dos planetas. Estão no espaço praticamente intactos, isto é, não se modificaram durante todo esse tempo. Estudando-os estamos aprendendo sobre nossa própria origem. 
Estudar ufologia, arqueologia e astronomia é estudar a própria existência humana, diz Fernanda Pires.

Fernanda Pires – Pesquisadora de Campo Certificada pela MUFON Global  

Fernanda Pires Diretora CAG da MUFON Internacional da América Central e da América do Sul; Diretora Regional da MUFON do Canadá; MUFON ERT-CFI3 que acompanha casos de abdução; Diretora executiva do site e Jornal da MUFON do Canadá; Consultora Internacional; Colunista da Revista Ufo; Roteirista; Escritora de Artigos; Pesquisadora Certificada pela MUFON Internacional; Investigadora da GARPAN - Investigadores Profissionais em Ufologia Civil; Fundadora do CIFE Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais; Co-produtora do documentário Moment of Contact; Produtora do Documentário no Brasil Encounters Latin America; Co-produtora do Livro Incidente em Varginha, 2ª edição - Caso UFO