Ufologia

Como deve ser a aparência dos alienígenas, de acordo com a ciência?

Se você curte filmes e séries que falam de vida fora da terra, provavelmente tem uma visão bem específica de como devem ser os alienígenas. Dá para apostar que eles têm, na sua mente, um formato meio humanoide, com uma grande cabeça careca, olhos enormes e pele meio verde.

Mas esta imagem é um clichê, e pode passar bem longe da verdade. E há vários cientistas pensando sobre como, de fato, podem ser as formas da vida fora da Terra.

A visão científica

Muitos cientistas pensam haver evidências suficientes para acreditar que certos planetas têm algum tipo de vida.

Esta é a opinião, por exemplo, ddo cientista Chris McKay, do Centro de Pesquisa Ames da NASA. Ele afirma que a convicção de que há vida fora da Terra se baseia em dois fatos simples. O primeiro é que os elementos químicos associados à vida (como nitrogênio, hidrogênio e oxigênio) são difundidos pelo universo.

O segundo ponto é que a vida estava presente na Terra desde o começo da formação do planeta, o que sugere que, caso haja condições adequadas, a vida costuma surgir com facilidade e rapidez. “Se a origem da vida for generalizada, então a vida complexa será generalizada”, pontua McKay na revista Science Focus. Por isso, é de se esperar que haja em outros planetas mais do que micróbios unicelulares.

Portanto, de acordo com essa visão, a questão da vida em outros planetas teria mais a ver com o aumento do raio da procura em planetas e estrelas distantes. A NASA tem missões programadas que visam explorar a atmosfera de planetas que orbitam em torno de outras estrelas, de maneira a identificar quais poderiam abrigar vida.

A interferência da física

Frente a tudo isso, algumas mentes brilhantes da ciência já se dedicaram a imaginar qual seria de fato a aparência dos alienígenas – e, pasme, eles acreditam que a imagem do ET verde humanoide não seria um palpite tão ruim assim.

No entanto, há outras descobertas que mostram um retrato mais selvagem do que poderia ser a vida extraterrestre. “Em qualquer planeta do Universo, as leis da física e da química ainda serão as mesmas que aqui”, afirma o professor Peter Ward, paleontólogo da Universidade de Washington, Seattle.

Por conta dessas limitações da física, daria para imaginar que a evolução da vida ocorreria em outros planetas de forma semelhante à que ocorreu na Terra: a seleção natural deve eliminar as características ineficientes e fazer com que as características mais úteis restem nesses seres.

Por isso, é possível dizer que a visão dos extraterrestres difundida em programas de TV pode não estar exatamente errada, mas, por outro lado, ser muito branda, uma vez que há muito potencial para que a vida evolua de formas diferentes em outros planetas.

“O Universo tem uma maneira de nos surpreender. Minha suspeita é que, com uma variedade de ambientes que poderíamos estar olhando, poderia parecer muito estranho”, explica Theresa Fisher, astrobióloga da Arizona State University.

Formas de vida diferentes

Deste modo, pode-se concluir que a vida fora da Terra provavelmente teria formas diferentes e bastante estranhas à nossa visão.

E pode ser inclusive que a vida nestes planetas seja tão exótica que a gente nem a reconheça como vida, uma vez que usamos nossos parâmetros para compreender como ela seria.

Segundo os cientistas, podemos categorizar como vida os seres que precisam de fontes de energia para existir.

Mas há maneiras infinitas para que isso ocorra. Nem em todos os lugares, por exemplo, os seres podem precisar de oxigênio. “Pode haver vida muito diferente da vida na Terra, mas não reconheceríamos isso em nossos dados, porque não conhecemos e entendemos muito bem essa química”, afirma David Charbonneau, professor de astronomia da Universidade de Harvard.

A gravidade também é um fator que pode interferir.

Em planetas mais densos ou maiores, a gravidade teria que ser maior, o que significa que a vida poderia evoluir de forma diferente, com seres que teriam vários membros para obter o suporte necessário. Já em planetas de gravidade mais fraca, os seres poderiam “flutuar” com mais facilidade, o que significa estruturas bem diferentes.

A densidade e a composição química da atmosfera também pode interferir: planetas com ar mais denso fariam com que as formas de vida pudessem “navegar” no céu como se ele fosse um oceano. E tudo isso, sem dúvida, faria com que os extraterrestres assumissem formas totalmente diferentes como as que costumamos imaginá-los.

(Fonte e créditos da imagem : Unsplash )

Ufólogo, Pesquisador de Campo, Conselheiro e Co-editor do CIFE - Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research. | Ufologist, Field Investigator, CIFE Co-editor - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research.