Astronomia

Astrofísicos sugerem que pode haver mais um planeta gigante gasoso no Sistema Solar

Novo estudo aponta para respostas capazes de desvendar um dos maiores mistérios galácticos

Pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, França e China elaboraram uma nova teoria que pode ajudar a resolver um mistério galáctico sobre a evolução do nosso Sistema Solar. O estudo pode desvendar como os gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) estabeleceram suas órbitas. A pesquisa também levanta a possibilidade de que um quinto planeta desses poderia existir a 80 bilhões de quilômetros de distância do Sol.

Realinhamento das órbitas dos planetas
No final do século XX, os cientistas começaram a acreditar que os gigantes gasosos inicialmente circulavam o Sol em órbitas organizadas, compactas e uniformemente espaçadas. Júpiter, Saturno e os outros, no entanto, há muito tempo se estabeleceram em órbitas relativamente oblongas, tortas e espalhadas. Acredita-se que uma série de instabilidades tenha provocado o fenômeno, mas o que exatamente teria acontecido?

“Nosso sistema solar nem sempre teve a aparência que tem hoje. Ao longo de sua história, as órbitas dos planetas mudaram radicalmente”, disse Seth Jacobson, professor assistente do Departamento de Ciências da Terra e Ambientais da Faculdade de Ciências Naturais da Universidade de Michigan. O novo estudo, liderado por ele e publicado na revista Nature, pode ter chegado a uma explicação.

De acordo com o modelo de Nice, proposto por cientistas em 2005, a instabilidade entre os gigantes gasosos aconteceu basicamente devido a interações gravitacionais caóticas, que os levaram a ocupar o lugar onde estão hoje. Mas, ao longo dos anos, novas questões surgiram sobre o que desencadeou esse processo. Assim, Jacobson propôs uma solução.

Junto com Sean Raymond, da Universidade de Bordeaux, na França, Jacobson teorizou que os gigantes gasosos podem ter sido colocados em suas órbitas atuais devido ao modo como o disco de gás primordial evaporou durante o início do Sistema Solar. “Tivemos a ideia de que os planetas gigantes poderiam ter se espalhado por um efeito de ‘rebote’ à medida que o disco ia se dissipando, talvez sem nunca ter ficado instável”, disse Raymond.

Então, a dupla de cientista procurou Beibei Liu, da Universidade Zhejiang, na China, um dos especialista em efeito rebote.

“Depois de algumas sessões de brainstorm, percebemos que o problema poderia ser resolvido se o disco de gás se dissipasse de dentro para fora”, disse Liu. A equipe sugere que essa dissipação forneceu um gatilho natural para a instabilidade do modelo Nice.

Planeta 9 ?

Embora o estudo não enfatize essa questão, Jacobson disse que o trabalho pode realimenta um velho debate: quantos planetas existem no nosso Sistema Solar?

Atualmente, a resposta é oito, mas acontece que o modelo de Nice funciona um pouco melhor na hipótese de que o Sistema Solar inicial tivesse cinco gigantes gasosos em vez de quatro.

Infelizmente, de acordo com o modelo, esse planeta extra teria sido lançado para fora de nosso Sistema Solar durante a instabilidade, o que ajudou os gigantes gasosos restantes a encontrar suas órbitas.

Mas, em 2015, pesquisadores da Caltech encontraram evidências de que ainda pode haver um planeta não descoberto nos arredores do Sistema Solar, a cerca de 80 bilhões de quilômetros do Sol.

Ainda não há provas concretas de que esse planeta hipotético – apelidado de Planeta 9 – realmente exista. O novo estudo pode ajudar nessa investigação

Ufólogo, Pesquisador de Campo, Conselheiro e Co-editor do CIFE - Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research. | Ufologist, Field Investigator, CIFE Co-editor - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research.