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Colisão entre nave da NASA e asteroide será filmada por satélite

A NASA pretende promover uma colisão entre a nave DART e o asteroide Dimorphos, do sistema binário Dimorphos-Didymos, no Espaço, para entender qual é o impacto desse fenômeno e fortalecer a defesa planetária de forma mais eficaz.

Prevista para o dia 26 de setembro, a colisão será testemunhada pelo LICIACube, um cubesat italiano. Trata-se de um microssatélite, de 14 quilos, que será o responsável por transmitir em tempo real, para os cientistas na Terra, o desenrolar deste experimento.

Esse teste inédito é projetado para alterar a órbita de uma rocha espacial. Se funcionar como o previsto, essa ação pode se tornar um conceito de defesa planetária capaz de um dia salvar a vida de milhões de pessoas na Terra.

O dispositivo LICIACube é equipado com duas câmeras ópticas e seguirá a nave DART em direção ao asteróide Dimorphos. Assim que o satélite chegar a distância segura de mil quilômetros do local do impacto, ela ficará estacionada e aguardará o acontecimento.

O evento, que acontecerá a 11 milhões de quilômetros da Terra, não será visto pelos astrônomos situados no planeta, mas, as repercussões poderão ser medidas nas semanas subsequentes à colisão.

Dentre elas, está a variação na órbita de 12 horas do Dimorphos. Embora essas observações sejam suficientes para confirmar que o experimento funcionou, elas não fornecem nenhum detalhe dos efeitos do impacto do DART no asteroide.

Segundo os cientistas que estão por trás dessa empreitada, logo após a colisão entre o DART e o Dimorphos, o LICIACube vai se aproximar da área para inspecionar a cena. O voo durará aproximadamente 3 minutos e ficará a 55 quilômetros da superfície do asteroide. As imagens obtidas pelo LICIACube serão enviadas para a Terra.

Uma colisão entre um asteroide do tamanho de Dimorphos com a Terra poderia causar uma destruição em todo um continente.

Agora, se o impacto for causado pelo asteroide principal do sistema formado entre Dimorphos-Didymos, as repercussões se estenderiam para o mundo inteiro.

Proteção da Terra contra asteroides perigosos


Atualmente, há 2.000 asteroides classificados como “potencialmente perigosos” devido ao seu tamanho e aproximação da Terra.

Os astrônomos sabem muito pouco sobre a composição das rochas que formam esses objetos, com essa lacuna de conhecimento, os cientistas são capazes de estimar apenas como a superfície pode se comportar com o impacto.

Em outubro de 2020, a equipe por trás da missão OSIRIS-REx, da NASA, que pousou no asteroide Bennu enfrentou uma situação complicada. A superfície do objeto era inesperadamente macia. A espaçonave quase foi engolida pelo asteroide.

Os cientistas acreditam que a superfície do Dimorphos é como a de Bennu, formada por um conglomerado de pedregulhos e sujeira que se rompeu no passado do asteroide principal, Didymos, e só se mantêm unidos pela força da gravidade.

Por se tratar de uma fraca força gravitacional, ainda não se sabe quais serão as repercussões do impacto.

Essa será a primeira vez que algo do tipo poderá ser “visto”, mensurado e, se tudo correr como planejado, previsto para melhorar as defesas do planeta Terra no futuro, contra possíveis ataques de objetos cósmicos.

Assista ao vivo no site da NASA via YouTube.

Ufólogo, Pesquisador de Campo, Conselheiro e Co-editor do CIFE - Canal Informativo de Fontes/Fenômenos Extraterrestres e Espaciais - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research. | Ufologist, Field Investigator, CIFE Co-editor - Scientific Channel of UFOs Phenomena & Space Research.