O Planeta Júpiter e a Revista Espírita
Em 09 de Março de 1858, Allan Kardec evocou um habitante de Júpiter, quando oleiro encarnado na Terra conhecido como Bernard Palissy.
As informações a respeito do planeta Júpiter, publicadas na Revista Espírita em Abril de 1858 obtidas através da metodologia de investigação de Kardec, foram coletadas informações em diversas ocasiões por diferentes espíritos e através de vários médiuns.
Dentro das descrições feitas sobre o estado físico de Júpiter: A temperatura de Júpiter é suave e temperada, sempre igual, não existindo variação como na Terra. O Sol deve aparecer aos habitantes de Júpiter sob um ângulo muito pequeno e, em consequência, dar-lhes pouca luz. Júpiter é envolvido por uma espécie de luz espiritual que mantém relação com a essência de seus habitantes, a irradiação grosseira do nosso sol de não foi feita para eles.
A água não é formada dos mesmos elementos da Terra, sendo mais etérea, os homens não sendo os mesmos suas necessidades mudam. Não há vulcões, Júpiter não é atormentado como a Terra lá a natureza não tem suas grandes crises, sendo a matéria quase inexistente, as plantas são parecidas com as nossas, mas são mais belas do que as da Terra.
Quanto a aparência física: O corpo dos habitantes guarda relação com o nosso, sendo os moradores de Júpiter grandes e bem proporcionados, sendo maiores que os nossos maiores homens. O corpo do homem é como o molde de seu espírito: belo, onde ele é bom, não é mais uma prisão.
Há sexos diferentes, a base da alimentação dos habitantes é puramente vegetal, o homem é o protetor dos animais, eles absorvem uma parte de sua alimentação do meio ambiente, do qual aspiram as emanações, comparada à nossa, a duração da vida é mais longa mais ou menos cinco séculos.
Pergunta – Se o povo mais avançado da Terra se visse transportado para Júpiter, que posição ocuparia? Resp. – A dos vossos macacos. (Revista Espírita ,1858, pergunta 67, pag. 180).
O desenvolvimento a infância não comprime sua inteligência nem a velhice a extingue, não estando sujeitos as nossas doenças, a vida está dividida entre a ação e o repouso. Sua principal ocupação é encorajar os Espíritos que habitam os mundos inferiores a perseverarem no bom caminho, não havendo entre eles infortúnio a aliviar, vão procurá-los onde existe sofrimento; são os Espíritos bons que vos sustentam e vos atraem ao bom caminho.
A densidade específica do corpo humano permite- lhe transportar-se de um lugar a outro, sem ficar, preso ao solo, seus habitantes não têm uma linguagem articulada, entre eles há comunicação de pensamentos, uma faculdade normal e permanente, o espírito não tem entraves. Se ao Espírito nada se oculta, o conhecimento do futuro depende da perfeição do espírito; o que tem menos inconvenientes para eles do que para nós. Os moradores de Júpiter se comunicam com os outros espíritos mais facilmente do que com os terráqueos pois não existe mais a matéria entre ambos.
A morte não inspira o horror e o pavor que provoca entre nós humanos, já que o mal já não existe entre eles, só o mal encara o seu último momento com pavor, os habitantes de Júpiter após a morte crescem sempre em perfeição, sem mais terem que sofrer provas.
O corpo dos animais é mais material que o dos homens, os animais não se estraçalham entre si; vivem todos submetidos ao homem, amando-se mutuamente todos lhe são úteis, os animais são os servidores e os operários que executam os trabalhos materiais, constroem as habitações. Os animais servidores estão ligados a uma pessoa ou a uma família particular e possuem uma linguagem mais precisa e mais caracterizada que a dos animais terrestres.
As habitações estão reunidas em cidades como aqui, os que se amam se reúnem, eles pertencem a diversos graus, mas da mesma ordem, os espíritos encarnados em Júpiter são – Todos bons, todos superiores; por vezes o bem desce até o mal; mas o mal jamais se mistura ao bem.
Os habitantes formam diferentes povos como na Terra mas, todos se unem entre si pelos laços do amor.Os povos são governados por chefes, sendo que a autoridade dos chefes se baseia no seu grau superior de perfeição.
Lá os povos são governados por leis, não existindo mais a necessidade de leis penais pois não há mais crimes, a ninguém falta o necessário; ninguém possui o supérfluo, ou seja, a fortuna de cada um está em relação com a sua condição.
As faculdades do homem se desenvolve pela educação, podendo o homem adquirir bastante perfeição na Terra para merecer passar imediatamente a Júpiter mas, na Terra o homem é submetido a imperfeições, a fim de estar em relação com os seus semelhantes. Não há várias religiões pois, todos professam o bem e todos adoram um único Deus. Por templo há o coração do homem; por culto, o bem que ele faz.
Créditos: Kardec, Allan. Revista Espirita, Ano Primeiro – 1858. Tradução: Evandro Noleto Bezerra, Federação Espírita Brasileira.