Coulthart expõe o silêncio seletivo do Pentágono sobre OVNIs
Ross Coulthart é um jornalista investigativo e autor australiano que também trabalhou com relações públicas. Ele é um defensor da ideia de que os governos estão encobrindo o conhecimento de OVNIs e visitas alienígenas.
Numa narrativa em evolução que entrelaça o sigilo governamental com a integridade jornalística, a abordagem do Pentágono para disseminar informações sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados (UAPs) levantou sobrancelhas e gerou debate. No centro deste discurso está Ross Coulthart, um experiente jornalista de investigação e correspondente especial da NewsNation, que expressou preocupações sobre o que considera serem os esforços do Pentágono para orientar a conversa sobre OVNIs através de uma estratégia de briefing selectivo.
A análise de Coulthart aponta para uma escolha deliberada do Pentágono de convidar um grupo restrito de jornalistas para participar de briefings sobre UAPs, decisão que, segundo ele, visa fazer a curadoria da narrativa que chega ao público. Este método de disseminação de informação, argumenta Coulthart, afasta efectivamente os repórteres que são conhecidos pelas suas investigações e pela sua recusa em fugir a questões difíceis. A implicação é que, ao controlar a presença dos meios de comunicação social nestes briefings, o Pentágono pode garantir que a narrativa permanece favorável ou, pelo menos, não conflituosa.
O pano de fundo da crítica de Coulthart é seu próprio trabalho pioneiro no domínio dos relatórios sobre OVNIs. Foram as entrevistas de Coulthart com denunciantes e seus esforços investigativos que catalisaram uma discussão pública mais ampla sobre os OVNIs, levando em última análise a audiências no Congresso e à introdução de legislação destinada a aumentar a transparência em relação aos OVNIs. Apesar desta contribuição significativa, a NewsNation viu-se excluída de um recente briefing do Pentágono sobre o assunto, uma medida que Coulthart e outros consideram um desprezo que diz muito sobre o desejo do Pentágono de controlar o fluxo de informação.
As preocupações de Coulthart vão além do domínio das queixas pessoais. Ele vê a estratégia selectiva de briefing do Pentágono como sintomática de uma questão mais ampla – uma tentativa de reprimir a curiosidade e o cepticismo públicos através da manipulação dos meios de comunicação social. Isto, alerta ele, poderá ter o efeito oposto, alimentando a suspeita e a desconfiança do público em relação ao Departamento de Defesa e à comunidade de inteligência em geral. O cerne da crítica de Coulthart reside na crença de que a transparência e o diálogo aberto são fundamentais, especialmente em questões de interesse público significativo como os UAPs.
Pelas lentes de Coulthart, a abordagem do Pentágono não é apenas sobre OVNIs; trata-se dos princípios mais amplos de responsabilidade, transparência e do direito do público de saber. A sua experiência sublinha os desafios que os jornalistas enfrentam para romper o véu do segredo governamental, lembrando-nos do papel vital que o jornalismo de investigação desempenha numa democracia saudável. À medida que a conversa sobre os UAPs continua a evoluir, a voz de Coulthart serve como um lembrete crítico da necessidade de vigilância na busca da verdade, encorajando tanto o público como a imprensa a questionar, explorar e exigir transparência em todos os assuntos de interesse nacional.
O artigo pode ser encontrado no site Lufos.